
Antevendo o que virá
Seja esta série esdrúxula de versos a senha
de quem os verseja a sério
mas sem qualquer sanha cientificista contra as velhas bruxarias da lírica, ou (de novo assim) seja:
se a M e o H
que lerem o anônimo LM que se arrisca nas páginas seguintes
souberem como o célebre e conservador Max Planck
em 1900 plantou no jardim do saber a semente do quantum
ou a noção inovadora de dar nó
de que a energia varia de modo descontínuo no mundo dos nossos átomos
e dos seus moradores subatômicos, obrigando os atônicos habitantes de carne, sangue e ossos
do universo aqui de cima
a ter que imaginar quase em desvario que do 1 alguém chega ao 3
sem passar pelo 2 intermediário e assim por diante
no curso desta analogia
que desconcerta o agora coitado cotidiano que nos cabe –
se os bem sabidos H e M
forem versados no quase barroquismo de que o quantum ou a quantidade mínima-discreta-descontínua de energia é vista como serpente
de duas cabeças um tanto quanto contraditórias
que tonteia os mais sábios
quando se refere à luz e à matéria –
se MH ora abraçados
afiarem juntos os seus saberes sobre a dualidade onda-partícula
imaginada acima como cobra bicéfala
saindo de verbete do Houaiss e de livros de física com uma língua que afirma
ser a partícula mais ou menos o que se localiza feito um pingo-no-i no espaçotempo –
e a outra língua dizendo
ter a onda nem menos nem mais
que a verborrágica propriedade de se espalhar muito rápido
por uma cidade ou mesmo o cosmo com(o) um conjunto
de possibilidades de ser –
se HM andarem cientes de que isto afinal é a matéria de que fomos feitos
dentro da luz com a qual a dita matéria interage, quer quando agimos
quer quando parecemos estar fazendo nada com as nossas ações potenciais –
se M brigando com H
e H desconversando com M
(os sabres dos saberes nas mãos de ambos) entenderem como Niels Bohr batizou esta barafunda Princípio da Complementaridade
(opa:
“Opostos são complementares”) fazendo dele um brasão em latim
com o desenho chinês do yin-yang no centro da coisa quando o fizeram cavaleiro na Dinamarca –
H e M de novo amigados
(passado o pior do complexo convívio do casal) serão leitores dos textos abaixo
também manuseando com paciência outros dados que ali buscam valer um bocado ao pé da letra
(Craig, Heisenberg, nazis, Popper, 3 mundos, etc.)
– e por favor
logo após irão explicar ao LM
se noves fora resta algum sentido razoável nestas estrofes estapafúrdias
de onde saltam uns novos “ses” rabiscados com muito des temor.
LINO MACHADO
Seja esta série esdrúxula de versos a senha
de quem os verseja a sério
mas sem qualquer sanha cientificista contra as velhas bruxarias da lírica, ou (de novo assim) seja:
se a M e o H
que lerem o anônimo LM que se arrisca nas páginas seguintes
souberem como o célebre e conservador Max Planck
em 1900 plantou no jardim do saber a semente do quantum
ou a noção inovadora de dar nó
de que a energia varia de modo descontínuo no mundo dos nossos átomos
e dos seus moradores subatômicos, obrigando os atônicos habitantes de carne, sangue e ossos
do universo aqui de cima
a ter que imaginar quase em desvario que do 1 alguém chega ao 3
sem passar pelo 2 intermediário e assim por diante
no curso desta analogia
que desconcerta o agora coitado cotidiano que nos cabe –
se os bem sabidos H e M
forem versados no quase barroquismo de que o quantum ou a quantidade mínima-discreta-descontínua de energia é vista como serpente
de duas cabeças um tanto quanto contraditórias
que tonteia os mais sábios
quando se refere à luz e à matéria –
se MH ora abraçados
afiarem juntos os seus saberes sobre a dualidade onda-partícula
imaginada acima como cobra bicéfala
saindo de verbete do Houaiss e de livros de física com uma língua que afirma
ser a partícula mais ou menos o que se localiza feito um pingo-no-i no espaçotempo –
e a outra língua dizendo
ter a onda nem menos nem mais
que a verborrágica propriedade de se espalhar muito rápido
por uma cidade ou mesmo o cosmo com(o) um conjunto
de possibilidades de ser –
se HM andarem cientes de que isto afinal é a matéria de que fomos feitos
dentro da luz com a qual a dita matéria interage, quer quando agimos
quer quando parecemos estar fazendo nada com as nossas ações potenciais –
se M brigando com H
e H desconversando com M
(os sabres dos saberes nas mãos de ambos) entenderem como Niels Bohr batizou esta barafunda Princípio da Complementaridade
(opa:
“Opostos são complementares”) fazendo dele um brasão em latim
com o desenho chinês do yin-yang no centro da coisa quando o fizeram cavaleiro na Dinamarca –
H e M de novo amigados
(passado o pior do complexo convívio do casal) serão leitores dos textos abaixo
também manuseando com paciência outros dados que ali buscam valer um bocado ao pé da letra
(Craig, Heisenberg, nazis, Popper, 3 mundos, etc.)
– e por favor
logo após irão explicar ao LM
se noves fora resta algum sentido razoável nestas estrofes estapafúrdias
de onde saltam uns novos “ses” rabiscados com muito des temor.
LINO MACHADO
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